sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


Greve de PMs: 59 presos e mais de 100 indiciados no Rio

O chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, informou na tarde desta sexta-feira (10) que 59 policiais foram presos e mais de 100 foram indiciados por crime militar ou transgressão disciplinar de natureza grave. 
Nove dos 11 policiais considerados líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos pela Auditoria de Justiça Militar, estão entre os presos. Outros cerca de 50 estão presos administrativamente. 
Após concederem entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira, os líderes do movimento grevista das polícias e bombeiros do Rio de Janeiro saíram em caminhada até o Quartel-General para se entregar voluntariamente. O cabo João Carlos Gurgel e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol) Carlos Gadelha, lideraram o ato até o Quartel General da PM, na Rua Evaristo da Veiga, no Centro do Rio.  Eles foram acompanhados pelo policial civil Francisco Chao e pelo major Hélio de Oliveira, do sindicato de oficiais inativos da PM. Logo depois, Francisco Chao anunciou que só ficaram detidos no QG o cabo Gurgel e o major Hélio de Oliveira.
O policial civil Francisco Chao (E), o cabo Gurgel e o major Hélio de Oliveira (D) se entregam 
O policial civil Francisco Chao (E), o cabo Gurgel e o major Hélio de Oliveira (D) se entregam 
Mandados de prisão
Um pouco antes, o porta-voz da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Frederico Caldas, tinha informado que já foram emitidos 11 mandados de prisão contra os líderes da greve da PM. Segundo ele, os responsáveis pelo movimento serão submetidos a conselhos de disciplina. "É inaceitável romper o juramento que fizemos à sociedade. O pacto entre a população e a PM não deve ser rompido", disse Caldas. De acordo com o comando grevista, 10 militares cumprem prisão administrativa no 10º BPM (Barra do Piraí).
O porta-voz da Polícia garantiu que a situação é de absoluta tranquilidade em todo o Estado. "No mapeamento feito por volta das 7h constatamos a ocorrência de problemas pontuais em São Cristóvão e Leblon, logo resolvidos pelos comandantes dos Batalhões. Todos os comandantes estão presentes nas suas unidades, o que possibilita uma resposta imediata, caso algum PM tente abandonar o serviço ou retornar ao Batalhão. Nós nos preparamos para que os serviços não fossem interrompidos", explicou.
Frederico Caldas informou a ocorrência de um ataque a uma viatura policial na Avenida Brasil. Segundo ele, o veículo foi atacado por cerca de 15 motociclistas, mas não houve feridos. "Não trabalhos com a hipótese de represália, mas estamos reforçando o policiamento nas vias especiais. O Bope e o Batalhão de Choque reforçam ainda mais o patrulhamento", acrescentou.  O porta-voz informou ainda que policiais do Bope estão sendo enviados para o município de Campos, para reforçar o policiamento local.
Quanto à situação nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), Caldas enfatizou que estão em situação de absoluta normalidade. "O número de faltas é desprezível para uma anormalidade. Não houve qualquer tipo de movimentação. A resposta dos policiais foi gratificante, apesar de serem jovens policiais, se comportaram de uma maneira muito madura e profissional", elogiou.
Frederico Caldas garantiu também o policiamento neste fim de semana, quando mais de 100 blocos desfilam pelas ruas da cidade. "A nossa certeza é que a cidade segue vida normal. Garantimos os desfiles de blocos, as praias e os jogos do final de semana. Isso é um compromisso nosso e não abrimos mão disso". 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Onda de frio na Europa mata

 220; 138 só na Ucrânia e 

Polônia
03 de fevereiro de 2012  13h45  atualizado às 13h51

Fotos


Com o frio intenso desta sexta-feira, um homem ficou com a barba congelada ao circular pelas ruas de Belgrado, na Sérvia. Foto: Reuters
Com o frio intenso desta sexta-feira, um homem ficou com a barba congelada ao circular pelas ruas de Belgrado, na Sérvia

Foto: Reuters

Ao menos 220 pessoas, muitas delas pobres e sem domicílio fixo, morreram na Europa em consequência da atual onda de frio, principalmente na parte oriental do continente, onde só a Polônia e a Ucrânia registraram um total de 138 falecimentos.

Além disso, na Rússia, onde as temperaturas se situavam por volta dos -25º em Moscou e rondavam os -50º em Yakutia (Sibéria oriental), as autoridades contabilizaram 64 mortos de frio desde 1 de janeiro, segundo o ministério da Saúde, citado nesta sexta-feira pela agência Interfax.
Ao menos 101 pessoas morreram por causa do frio que atinge a Ucrânia desde 27 de janeiro, indicou nesta sexta-feira o ministério ucraniano de Situações de Emergência em um comunicado. "Durante o período de grande frio, 101 pessoas morreram, 11 delas no hospital, 64 foram encontradas nas ruas e 26 em seus domicílios", indicou o ministério.
Uma estimativa anterior divulgada na quinta-feira contabilizava 63 mortos. O ministério indicou que as temperaturas não devem aumentar imediatamente, com temperaturas mínimas noturnas entre os -25º e os -30º Celsius, e diurnas entre -16º e -21º. Há uma semana, uma onda de frio atinge a Europa Central e Oriental, provocando dezenas de vítimas, sobretudo na Ucrânia, Polônia e Romênia.
O frio deixou outras oito vítimas na vizinha Polônia, onde as temperaturas caíram até os -35 graus no sudeste. No total, desde o início da onda de frio, na sexta-feira, 37 pessoas morreram de hipotermia, segundo a polícia. No inverno boreal passado, 212 pessoas morreram de frio na Polônia.
Na Romênia, foram registrados mais dois mortos nas últimas 24 horas, elevando o total de vítimas a 24 desde o dia 26 de janeiro, segundo o ministério da Saúde. Na Sérvia, que marca temperaturas de -36 graus, o frio deixou sete mortos no fim de semana e milhares de pessoas seguem bloqueadas em povoados isolados pelas fortes quedas de neve. Os serviços de resgate tentavam fornecer ajuda aos mais isolados.
Na Bulgária, foram registrados mais seis mortos, homens de 52 a 66 anos, indicou a imprensa nesta sexta-feira. O total de mortos chega a 16, segundo um cálculo da AFP, num momento em que não há informações oficiais. A maioria dos falecidos neste país, o mais pobre da União Europeia, são pessoas idosas que se perderam nos arredores de seu povoado ou esperando um ônibus.
Na República Checa, um homem de 59 anos foi encontrado morto na quinta-feira fora de sua casa, em um povoado do sudeste do país. A polícia acredita que caiu e não conseguiu se levantar. Na Eslováquia, morreu outra pessoa elevando o total de falecimentos a três.
Estônia e França registraram seus primeiros falecimentos. Um homem foi encontrado morto de frio em uma rua da capital da Estônia, enquanto um doente de Alzheimer de 82 anos faleceu no povoado francês de Lemberg (leste), após sair de sua casa de pijama. Na Itália, foram registrados três mortos, após a descoberta na noite de quinta-feira de um sem-teto morto em Milão.
Em Roma, os moradores experimentaram apenas seu segundo dia de neve nos últimos 15 anos, com flocos brancos cobrindo palmeiras, antigas ruínas romanas e igrejas barrocas por toda a capital. Até cinco centímetros de neve caíram em alguns distritos, e monumentos antigos, como o Coliseu, foram fechados para os visitantes por medo de danos as suas estruturas.
As temperaturas na região alpina de Piemonte, no norte da Itália, caíram tanto que chegaram a -30º Celsius, e os motoristas foram aconselhados a evitar regiões no centro do país devido à forte nevasca e aos problemas de tráfego causados pelo clima.
A Grã-Bretanha se preparava para a neve depois que as temperaturas caíram a -11º Celsius durante a noite em Chesham, no sudeste da Inglaterra, e as autoridades alertavam que o frio poderia atingir as pessoas de surpresa depois de um inverno mais quente que o normal até agora.
AFP

sábado, 31 de dezembro de 2011

Do fundador da Wikipédia, Jimmy Wales


O Google pode ter perto de um milhão de servidores. O Yahoo tem algo como 13.000 funcionários. Nós temos 679 servidores e 95 funcionários.

A Wikipédia é o 5º site na web e atende a 470 milhões de pessoas diferentes a cada mês - com bilhões de visualizações de páginas.
O comércio é bom. A publicidade não é má. Mas ela não faz parte deste projeto. Não da Wikipédia.
A Wikipédia é algo especial. É como uma biblioteca ou um parque público. É como um templo para a mente. É um lugar aonde todos podemos ir para pensar, aprender e compartilhar seu conhecimento com as outras pessoas.
Quando fundei a Wikipédia, poderia tê-la transformado numa empresa com fins lucrativos com anúncios publicitários, mas eu decidi fazer algo diferente. Trabalhamos duro através dos anos para mantê-la objetiva e funcional. Completamos essa missão e deixamos o desperdício para os outros.
Se todo mundo que ler isso doasse R$10, nós teríamos que levantar fundos apenas um dia por ano. Mas nem todo mundo pode ou irá doar. E está tudo bem. Todo ano um número suficiente de pessoas decide doar.
Este ano, por favor considere fazer uma doação de R$10, R$20, R$50 ou qualquer outro valor que você possa para proteger e sustentar a Wikipédia.
Obrigado,
Jimmy Wales
Fundador da Wikipédia

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ciberespaço e a virtualidade (Fábio Oliveira Nunes)

Atualmente, Ciberespaço e Internet se tornaram sinônimos, o motivo é muito simples: é especialmente na rede que grande parte das características do Ciberespaço se manifestam. 

Se tornam quase uma coisa só ou a mesma coisa. 

É na Internet que torna-se mais visíveis os fluxos informacionais que acontecem pelo mundo, destituídos de fronteiras e independentes de posições geográficas. 

Embora a Internet seja sua maior representante até agora, o Ciberespaço independe da rede para existir: uma prova disso é que muito antes do advento comercial da rede, já em 1984, o livro Neouromancer de Willian Gibson, trazia consigo o termo "ciberespaço" (ou cyberspace).

Assim, a trama informacional construída pelo entrelaçamento de meios de telecomunicação e informática, tanto digitais como analógicos, em escala global ou regional, como telefones convencionais, telefones celulares, rádio, televisão; infraestrutura de cabos de cobre, fibras óticas, ondas de rádio ou satélite, organizados em redes locais, globais, tendo seus terminais de comunicação ou suas informações gerenciadas por computadores, forma o Ciberespaço (Duarte, s/d).

 Sobre o Ciberespaço, define Gilbertto Prado: 

"Este poderia ser o lugar, a zona intermediária, o no man's land onde a tecnologia encontra a rua. 

Um tipo de estrada consensual experimentada por milhões de operadores conectados - vizinhos virtuais - , cada dia, nesse espaço que eles mesmos criaram, para uma visão simultânea do mundo, inscritos no tempo real da emissão e recepção" (Prado, 1997:43 (2))

 O Ciberespaço, constituído de fluxos de informações que relacionam os mais diversos meios de comunicação, mostra-se ao usuário sob a ótica do virtual que - ao contrário do que se acredita - não se opõe ao real e sim demostra aquilo que é potencial.

"A palavra virtual vem do latim medieval virtuale, significando o que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.

 Provém daí seu segundo significado como algo suscetível de se realizar; potencial. Na filosofia escolástica é virtual o que existe em potência, não em ato, resultando numa terceira referência à virtual como o que está predeterminado e contém as condições essenciais à sua realização" (Rey, 1998:29). 

Este conceito torna-se muito mais claro ao relacionar com a obra de arte: um exemplo de virtualidade é apresentado nas pinturas do renascimento italiano que através do estudo das leis de projeção da ótica, realizam o processo de transposição de espaços reais (tridimensionais) para um espaço virtual (bidimensional). 

O virtual aqui é a profundidade de campo que é somente sugerida com a intenção de "causar a ilusão" de espaço em três dimensões. 

Sem dúvida, existe a idéia de Mimesis (representação da realidade), que governou a criação de imagens por mais de quatro séculos de arte e que motivou a criação de novos meios de representação, como a fotografia, o cinema e, por último, a televisão.

"A virtualização não é, em nenhum momento, um desaparecimento ou uma ilusão. Ela é, afirma Lévy (nota), uma dessubstancialização que se inclina na desterritorialização, num efeito Moebius, na passagem sucessiva do privado ao público, do interior ao exterior e vice-versa.

A subjetivação (dispositivos técnicos, semióticos e sociais no funcionamento somático e fisiológico do indivíduo) e a objetivação (influência dos atos subjetivos na construção do mundo) são dois movimentos complementares desse processo virtualizante. 

Para Lévy, a virtualização não é um fenômeno recente, pois toda a espécie humana se construiu por virtualizações (gramaticais, dialéticas e retóricas). O real, o possível, o atual e o virtual são complementares e possuem uma dignidade ontológica equivalente" (Lemos, s/d) .

 Enquanto a virtualidade adentra questões da representação da imagem para o indivíduo que acessa informações, o Ciberespaço aborda os meios de relacionamento entre indivíduos que acontecem por meio de interfaces intrinsecamente virtuais.

Embora a virtualidade seja um conceito independente da existência de meios tecnológicos de difusão de informações, o Ciberespaço necessita da virtualização para viabilizar o provimento de dados. 

Ou seja, ao colocar disponível na Internet - e consequentemente dentro do Ciberespaço - uma pintura qualquer, é necessário tornar a imagem virtual, uma representação digital ilusória daquilo que seria um objeto da realidade, mas ainda sim mantém potencialidades suficientes para a imagem ser entendida como originária de uma pintura. Tornar-se virtual não é privilégio das imagens: "A Informação é uma virtualização.

 Se um acontecimento é retratado pelos media, essa circulação corresponde a uma virtualização do acontecimento, sob a forma da informação. 

Neste sentido, uma informação não é destruída pelo seu consumo justamente por ser sempre "virtualizante". 

A utilização/recepção da informação é a sua atualização, já que somos nós que damos sentidos a ela. Nós a atualizamos". (Lemos, s/d) 

Os lugares virtuais do Ciberespaço, também conhecidos como ciberlugares, são constituídos com independência de posições geográficas e com afinidades de interesses comuns entre os indivíduos.

 "Os ciberlugares têm um exemplo marcante na formação de comunidades virtuais, pessoas que se conectam, formam grupos de discussão, trocam informações, enfim, aproximam-se por afinidades que não são ligadas a suas localizações geográficas" (Duarte, s/d). 

Um exemplo comum na Internet, para entendimento dos ciberlugares, é o uso do IRC ( Internet Relax Chat) nas salas de bate-papo que são utilizadas simultaneamente por muitos internautas.

 Nos servidores de IRC são disponibilizadas inúmeras salas de bate-papo de interesses diversos - esportes, política, religião - abertas a todos, unindo usuários com os mesmo interesses.

Com uma freqüência de acesso pelos mesmos usuários em determinados dias e horários, e estabelecendo vínculos de relacionamento constante entre o ciberlugar e o grupo de indivíduos, teremos a constituição de uma comunidade virtual. 

O ciberlugar é o ponto de encontro entre esses indivíduos e onde acontece o fluxo permanente de informações, podendo ser além de uma sala de bate-papo, uma lista de discussão - via correio eletrônico - ou um ambiente multi-usuário de realidade virtual 3D. 

Algumas considerações típicas dos territórios - reais - dependentes de proximidades geográficas, como por exemplo, fronteiras e controle do estado como agente normalizador, perdem força no Ciberespaço. 

O espaço virtual é um só e pouco importa se o indivíduo que se encontra na França ou na Austrália ao acessar uma informação que está nos Estados Unidos, o procedimento será sempre o mesmo. 

Com o Ciberespaço existe uma superação dos padrões geopolíticos, e dois casos exemplificam o uso da trama informacional contra a vontade de governantes: 

No México, em 1994, os zapatistas rebelados contra o governo do PRI (Partido Revolucionário Institucional, um nome contraditório, diga-se de passagem), isolados na região do Chiapas, conseguem mobilizar os meios de comunicação e a opinião pública internacional para a sua causa divulgando informações na Internet, através de sítios localizados em outros países. 

Na tentativa de golpe de estado na União Soviética, em 1991, uma das medidas foi o corte das linhas telefônicas e o fechamento de jornais. 

Porém, as estáveis ligações via Internet com a Finlândia, possibilitou que as informações sobre a situação política no país socialista viesse a público numa dimensão global, auxiliando a tomada de medidas contra o golpe. 

É ainda por meio do Ciberespaço, que poderemos conhecer um novo tipo de ataque: Países de pouco poder bélico podem se tornar fortes inimigos de grandes potências se a trama de meios de comunicação for utilizada para desmantelar serviços essenciais como telefonia e distribuição de energia elétrica, por exemplo. 

Esse tipo de guerra - protagonizada por hackers oficiais - é perfeitamente possível nos dias de hoje e devido a inter-relação de redes de computadores pode causar prejuízos inestimáveis. 

Das relações do indivíduo com o Ciberespaço surge a cibercultura, que nas artes culmina com a utilização de meios eletrônicos por parte dos artistas, o que podemos chamar de Ciber-arte, cujo exemplos são muitos: a video-arte, arte-robótica, telepresence art, ASCIIart, Tecno-body-art, Web Arte entre outras experiências, como a música eletrônica, sendo hoje atualizada para a música "tecno".

A Ciber-arte, desde que surgiu em meados dos anos 70, sempre teve objetivos de conectar artistas de diferentes partes do globo e dar uma maior importância ao processo de criação do que ao produto final ( Lemos, s/d). 

O Ciberespaço a cada dia torna-se um elemento cada vez mais presente e necessário no cotidiano dos habitantes urbanos e toda a sua desmaterialização e virtualização presentes no fluxo de informações são refletidas pela arte eletrônica que procura a interatividade e hibridação cada vez maior de linguagens e conceitos. 

Este texto é parte integrante do Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Artes Plásticas “Web Arte no Brasil: 

A arte telemática criada por artistas brasileiros para a Internet”, realizado sob a orientação do Prof. Dr. Milton Sogabe na UNESP – Universidade Estadual Paulista. Esta pesquisa em nível Iniciação Científica contou com o apoio da FAPESP. 

© Fábio Oliveira Nunes: entre em contato.

 FÁBIO OLIVEIRA NUNES

sábado, 5 de novembro de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

Globo dedica 3 minutos do JN a reportagem contra Ricardo Teixeira

Globo dedica 3 minutos do JN a reportagem contra Ricardo Teixeira Ricardo Teixeira havia dito em entrevista à Revista Piauí, em julho, que só começaria a ficar preocupado com críticas quando o "Jornal Nacional" noticiasse algo negativo. A Rede Globo, que na semana passada divulgou carta de princípios jornalísticos em que destacava, em capítulo dedicado à isenção, que "não deve haver assuntos tabus", exibiu reportagem com denúncias contra o presidente da CBF neste sábado.

O Jornal Nacional apresentou reportagem de 3 minutos destacando que a polícia investiga suposta irregularidade no contrato de realização do amistoso entre Brasil 6 a 2 Portugal, ocorrido em 2008.

A empresa destacada pelo presidente da CBF para promover o amistoso, Ailanto Marketing, foi criada um mês antes do jogo e sequer tinha telefone. O jogo custou R$ 9 milhões ao governo do Distrito Federal, então governado José Roberto Arruda, preso em fevereiro acusado de pertencer ao mensalão do DEM. Arruda teve o mandato cassado após o escândalo.

O JN destacou que policiais civis de Brasília cumpriram neste sábado mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, sede da empresa que promoveu o amistoso.

A reportagem acrescenta que o contrato entre a Ailanto, CBF e Governo do Distrito federal não poderia ser firmado, já que os R$ 9 milhões deveriam ser arcados pela empresa contratada (Ailanto) e não pelos cofres públicos.

A matéria do Jornal Nacional ocorre sete dias após a divulgação do manifesto de princípios e pouco mais de um mês depois do perfil sobre Ricardo Teixeira publicado pela revista "Piauí". Nele, Teixeira relata um episódio que, em sua análise, interrompeu as reportagens da Globo contra sua gestão na CBF. Em 2001, durante a CPI da Nike, um Globo Repórter fez denúncias contra Teixeira. Pouco depois, a CBF marcou um jogo entre Brasil e Argentina para as 19h45. “Pegava duas novelas e o Jornal Nacional. Você sabe o que é isso?”, disse Teixeira à Piaui. "Como a Globo transmitiu a partida, amargou o prejuízo de deixar de mostrar diversos anúncios no horário nobre, o mais caro da programação. A partir daí, não houve mais reportagens desagradáveis sobre o presidente da CBF na Globo", escreveu a revista.

Neste sábado, o portal Globo.com, assim como o UOL, destacou a manifestação ocorrida na Avenida Paulista contra Ricardo Teixeira. Pelo menos 300 pessoas protestaram contra o dirigente, queimando um boneco simbolizando Teixeira.

Alvo de intensas críticas na mídia, Ricardo Teixeira disse à "Piauí" que estava “cagando” para a imprensa. O dirigente declarou que seus principais críticos, entre os quais o UOL, são lidos por poucas pessoas, e que só ficaria preocupado quando o Jornal Nacional desse algo de negativo.

"Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance? Oitenta mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço”, disse Teixeira à revista Piauí. “Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional”. “Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito com a Globo”. Teixeira complementou dizendo que deixará a CBF em 2015 e que todas as acusações serão esquecidas.


UOL

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mais de 70 empresas foram alvos de um grande ciberataque mundial

Ciência/Tecnologia »

Mais de 70 empresas foram alvos de um grande ciberataque mundial

ti inside - ‎há 8 horas‎
Um ciberataque massivo que pode ter durado até cinco anos infiltrou computadores e roubou dados de diversas multinacionais e até da Organização das Nações Unidas, afetando um total de 72 organizações, alegou relatório divulgado nesta quarta-feira, 3, ...