sexta-feira, 29 de abril de 2011

Superman renega cidadania americana e gera controvérsia

Por Dulce Furtado
A direita conservadora dos Estados Unidos está a arrancar os cabelos em fúria, incapaz de digerir uma rejeição de patriotismo que ninguém esperava: o Super-Homem, herói que jurou defender para todo o sempre “a verdade, a justiça e o modo de vida americano” ameaçou renegar a sua cidadania norte-americana e assumir-se em pleno como um “cidadão do mundo”.
 (Foto: DR)

O desabafo é feito no mais recente fascículo das histórias de banda desenhada da DC Comics (número 900) sobre o super-herói, intitulado “The Incident”, que chegou às bancas na quarta-feira, escrito por David S. Goyer e desenhado por Miguel Sepulveda.

Nele o rapaz que foi criado no coração agrícola do Kansas – vindo em bebé do moribundo planeta Krypton –, antes de se tornar no defensor da América, é repreendido por um agente dos serviços secretos norte-americanos por ter participado numa manifestação pacífica em Teerão contra o autoritário regime iraniano.

O Super-Homem não gosta do ralhete, nem da retórica do Irão que condena a sua participação naquele protesto como uma “declaração de guerra” feita em nome do Presidente dos Estados Unidos. E decide fazer uso do estatuto único de que goza desde que, numa história publicada em 1974, recebeu cidadania de todos os países membros das Nações Unidas.

“Vou amanhã falar às Nações Unidas e informá-los que renuncio à minha cidadania americana. Estou farto de que todas as minhas acções sejam interpretadas como instrumentos da política dos Estados Unidos”, dispara o Super-Homem, com uma expressão de cansaço. “O quê?”, indigna-se prontamente o agente secreto. E o herói responde: “A verdade, a justiça e o modo de vida americano... já não chegam”, dando assim um enfoque global à sua luta contra o mal e os vilões.

“O mundo é demasiado pequeno, e está todo ligado”, avalia ainda o super-herói distanciando-se mais ainda da ideia de ser um defensor apenas da América e declarando estar no planeta para defender e proteger toda a gente.

Apesar de a renúncia não chegar a ser feita neste fascículo das aventuras do Super-Homem, os conservadores norte-americanos – em programas de rádio e televisão e na blogosfera – reagiram entre a tristeza e a mais furiosa revolta.

Num post feito na edição online da revista neocon “The Weekly Standard”, o influente editorialista Jonathan Last põe mesmo em causa os valores e convicções do herói. “Mas será que ele acredita no intervencionismo britânico ou na neutralidade suíça. Percebem o que estou a querer dizer-vos? Se o Super-Homem já não acredita na América, então ele não acredita em nada”.

O tumulto está a ser tal que os editores da DC Comics, Jim Lee e Dan DiDio, vieram já, em comunicado conjunto, explicar a declaração feita pelo herói. “Na história, o Super-Homem anuncia a sua intenção de dar um enfoque global à sua interminável batalha, mas ele permanece, como sempre, devoto à sua pátria adoptiva e às suas raízes como um rapaz de uma quinta de Smallville no Kansas”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ciberespaço (Por Gabriela E. Possolli Vesce)


Marshall McLuhan, escritor canadense, um dos precursores da teoria da comunicação, formulou, há mais de trinta anos, o conceito de aldeia global. 
 
Ao perceber a agilidade e rapidez com que os meios de comunicação desenvolviam novas tecnologias McLuhan previu um novo conceito de sociedade: completamente interconectada e tomada pelas mídias eletrônicas. 
 
Essas novas mídias ao aproximar as pessoas de toda parte permitiriam a elas conhecer-se e comunicar-se, como em uma aldeia.
O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores, veio confirmar essas expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana.

Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço.

Termo que foi idealizado por William Gibson, em 1984, no livro Neuromancer, referindo-se a um espaço virtual composto por cada computador e usuário conectados em uma rede mundial.

É inegável que a revolução cibernética-tecnológica afeta os mais variados aspectos da vida cotidiana, com a inserção de contextos virtuais, como círculos eletrônicos de amizade, por meio de comunidades virtuais, e da possibilidade de “navegar” pelo mundo, tornando o presente cada vez mais próximo da idéia de aldeia global.

Porém foi na última metade do século XX, com o surgimento da rede digital e do ciberespaço, que foi explicitada a possibilidade de virtualização e o virtual passou a ser um traço inquestionável nas práticas sociais.

Pode-se afirmar que o ciberespaço diz respeito a uma forma de virtualização informacional em rede.

Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos computadores, passam a criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço de sociabilidade virtual.

O espaço cibernético intensificou transformações sociais nos mais diversos campos da atividade humana, é o que Manuel Castells chama de sociedade em rede.

No campo da produção de mercadorias surgiram as empresas virtuais que têm a internet como base de atuação, mas também ocorreram importantes alterações sócio-culturais e políticas que atingiram as principais mídias em decorrência do aceleramento dos meios de comunicação e de informação.

Com o ciberespaço constituiu-se um novo espaço de sociabilidade que é não-presencial e que possui impactos importantes na produção de valor, nos conceitos éticos e morais e nas relações humanas.

domingo, 3 de abril de 2011

Ciberespaço, conexões, interatividade: um ensaio sobre pessoas que usam tecnologias

Enviado por Gerson Pastre de Oliveira
 
 
  1. O que há no ciberespaço?
  2. Conexões: pessoas e outras coisas
  3. A mente e as intervenções técnicas
  4. Inteligência coletiva, mente conectiva, inteligências em conexão
  5. Hipertexto, árvore e rizoma
  6. Interatividade
  7. Conclusões (provisórias)
  8. Bibliografía
  9. Notas

ABSTRACT
Este trabalho procura trazer reflexões sobre as dimensões do ciberespaço, suas possibilidades conectivas e interativas e sua organização, com ênfase para a intervenção humana nos cenários proporcionados pelas redes computacionais. As tecnologias digitais, os suportes conectivos, não operaram a substituição do pensamento humano, ainda que tenham proporcionado a mente importantes capacidades de projeção, de conexão, de ampliação, subvertendo, de certa maneira, os conceitos mais comumente vigentes de tempo e espaço, permitindo, de certa forma, outras "arquiteturas de inteligência". São discutidas, de igual modo, neste ensaio, algumas conseqüências trazidas pelas intervenções mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação, sob o enfoque do uso que as pessoas fazem dos artefatos.
Palabras clave:
 · ciberespacio
 · comunicación
 · información
 · interactividad
 · sociedad de la información

O que há no ciberespaço?
O ciberespaço é, antes de qualquer coisa, uma dimensão comunicacional. Sua lógica é a da articulação de memórias através das conexões. Assim, de certa forma, indicou Lévy (1999, p. 92), ao definir o ciberespaço como "o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores". Para o autor, semelhante assertiva não exclui outros meios de comunicação eletrônicos, "na medida que transmitem informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à digitalização" (idem, ibidem). Segundo Lévy, ainda, o formato digital é essencial para o ciberespaço:
Insisto na codificação digital, pois ela condiciona o caráter plástico, fluido, calculável com precisão e tratável em tempo real, hipertextual, interativo e, resumindo, virtual da informação que é, parece-me, a marca distintiva do ciberespaço. Esse novo meio tem a vocação de colocar em sinergia e interfacear todos os dispositivos de criação de informação, de gravação, de comunicação e de simulação (Lévy, 1999, pp. 92-93) Isto porque, em essência, o ciberespaço, nas definições de Lévy, disponibiliza dados – apesar do uso do termo ‘informações’. Mas não são informações, e não são, também, conhecimentos, mas dados, apenas. Para me explicar melhor, devo insistir nessa dimensão daquilo que trafega nas redes, daquilo que é armazenado nas memórias de massa dos artefatos computacionais e, também, em suas versões voláteis: são dados, porque semelhantes elementos são representáveis e armazenáveis em computadores e podem trafegar, por conseqüência, nas redes compostas por tais equipamentos. Informação e conhecimento não têm essa possibilidade. Esta é a opinião de Setzer (1999), segundo o qual tanto a informação quanto o conhecimento não são armazenáveis por sistemas computacionais, mas a informação, que implica em significação de caráter pessoal, pode ser representada através de dados, estes, por sua vez, descritíveis de maneira formal, estrutural. Assim, um dado seria "uma seqüência de símbolos quantificados ou quantificáveis. Portanto, um texto é um dado (...). Também são dados imagens, sons e animação (...). Como são símbolos quantificáveis, dados podem obviamente ser armazenados em um computador e processados por ele" (Setzer, 1999). Desta forma, "não é possível processar informação diretamente em um computador. Para isso é necessário reduzi-la a dados" (idem, ibidem). O conhecimento, entretanto, não é passível de semelhante redução, sob pena de ‘transformar-se’, justamente, em informação. De acordo com o autor mencionado, "associamos informação à semântica; conhecimento está associado com pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no ‘mundo real’ do qual temos uma experiência direta" (idem, ibidem). Não trafegam nas redes, através das conexões hipertextuais, os significados e as experiências. Apenas os sinais, representações das coisas digitalizadas.


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segunda-feira, 14 de março de 2011

Single click: "The Three in One Post" é a designação de uma trinca de sites (pretensos jornais) que, no caso deste Blog, está constituída por "Google News", "Edson Paim Notícias" e "Uol Notícias" que o leitor poderá acessar, diariamente, desde a página inicial deste Blog, um dos 600 integrantes do Painel do Paim

Estes  sites estarão sempre atualizados, de modo automático, o que é efetuada pelos integrantes da trinca), independentemente da data que apareça no frontispício desta postagem, podendo  ocorrer, inclusive nos momentos em que você os acessa ou esteja lendo. 

 Para você ler as notícias que são postadas nos últimos instantes, pelo Google News, por Edson Paim Notícias e pela "Uol Notícias", basta clicar nos seguintes LINKs:

http://news.google.com/

http://www.edsonpaim.com.br/  

http://www.uol.com.br/

 

Ao clicar nesses LINKs, o leitor poderá acessar as principais de todos Estados e de todas as cidades do Brasil e do Exterior, podendo ler este jornal online e, assim, ficará a par das ultimas noticias sobre esportes, política, economia, tecnologia e muito mais.

 

Não obstante a redundância, as instruções acima objetivam a maior visibilidade pelo leitor,  pois existe, também, outra  maneira de acessar, todos os dias, Notícias publicadas pelo "Google News", por "Edson Paim Notícias" e pela "Uol Notícias", clicando  nos respectivos LINKs, situados ao lado direito desta página. 

A sequência dos LINKS é idêntica observada acima: O primeiro é o da agência noticiosa "Google News", o segundo é o de "Edson Paim Notícias" e, o terceiro é o da "Uol Notícias", os quais conduzem o leitor às últimas Notícias dos Municípios, dos Estados, do País e do Mundo, publicadas nessa trinca de sites, podendo constituir o seu jornal diário, designado: "THE THREE IN ONE POST".

sábado, 12 de março de 2011

Alemanha congela 10 bilhões de euros de origem líbia, diz revista


Berlim, 12 mar (EFE).- As autoridades alemãs congelaram cerca de 10 bilhões de euros de origem líbia depositados em bancos alemães, incluindo o Bundesbank, o banco central do país, segundo informações do semanário "Der Spiegel".

De acordo com a fonte, o montante está dividido em 193 contas de 14 entidades diferentes, uma das quais o Bundesbank, onde haveria 1.96 bilhão de euros.

O ministro da Economia alemão, Rainer Brüderle, ordenou na última quarta-feira o congelamento de todas as contas e fundos líbios nos institutos de crédito da Alemanha, adiantando-se às sanções ditadas pela União Europeia (UE).

O objetivo da medida é evitar que o líder líbio, Muammar Gaddafi, esvazie suas contas na Alemanha antes que a UE aprove novas sanções.

O bloqueio das contas afeta o banco central líbio e também o Libyan Foreign Bank, o fundo estatal Libyan Investment Authority (LIA) e o Libya Africa Investment Portfolio.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Após 56 anos, EUA aprovam nova droga para tratar lúpus

DA ASSOCIATED PRESS

A FDA (agência que regulamenta remédios nos EUA) aprovou na quarta-feira (9) a primeira droga nova para tratar lúpus em 56 anos, um marco que médicos especialistas dizem que pode estimular o desenvolvimento de outras drogas que são ainda mais eficazes no tratamento da doença autoimune.
Conhecida como Benlysta, a droga injetável é destinada a aliviar as crises e as dores causadas por lúpus, uma doença pouco compreendida e potencialmente fatal em que o organismo ataca seus próprios tecidos e órgãos.
A farmacêutica Human Genome Sciences Inc. passou 15 anos desenvolvendo o medicamento e deve comercializá-lo pela GlaxoSmithKline.
As empresas estimam que haja pelo menos 200 mil pacientes com lúpus nos EUA que poderiam ser beneficiados pela droga.
Mas os especialistas ressaltaram que a droga não é milagrosa: só funcionou em 35% dos pacientes norte-americanos testados e não foi eficaz em pacientes com a forma mais letal da doença. Além disso, não mostrou resultados positivos em afro-americanos, que são desproporcionalmente afetados pelo lúpus.
A agência regulatória disse em seu comunicado que vai exigir que os colaboradores da droga realizem outro estudo, exclusivamente com afro-americanos.
Betty Diamond, que estuda o lúpus há 30 anos, disse que Benlysta deve fornecer incentivo a pesquisadores e desenvolvedores de drogas.
"Ele vai enviar a mensagem de que é possível conduzir um ensaio clínico bem-sucedido sobre lúpus e isso é extremamente importante para manter a indústria farmacêutica interessada nessa doença", disse Diamond, pesquisadora do Instituto Feinstein, em Nova York.
Janice Fitzgibbon, 54, de McLean, na Virgínia, está tomando Benlysta há dois anos como parte do programa de ensaio clínico da droga.
"O medicamento me deu minha vida de volta", disse ela, depois de sofrer muito com a dor, a ponto de não poder levar seu cachorro para passear ou conduzir seus filhos à escola.
"É um pouco amargo para mim, pois tenho amigos com lúpus que tomam a droga, mas ela não funciona", disse Fitzgibbon.
"Não existe um tratamento único para todos e eu estou extremamente feliz que o meu lúpus é leve e que Benlysta funciona comigo."
A FDA aprovou o medicamento para lúpus eritematoso sistêmico, a forma mais comum da doença. Mais do que 85% dos pacientes diagnosticados com a doença vivem mais de dez anos, de acordo com o National Institutes of Health.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Entidade pede a Obama fim de visto para Brasil

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
O fim da obrigatoriedade de visto para brasileiros que viajam aos Estados Unidos está em pauta. Em visita ao Brasil, entre os dias 19 e 20, o presidente Barack Obama pode anunciar tal dispensa, que beneficiaria também os norte-americanos.
Em geral, se a rejeição de vistos recua a níveis inferiores a 5%, o país emissor de turistas para os Estados Unidos entra no Visa Waiver Program, programa que dispensa a necessidade de carimbo no passaporte.
De acordo com números divulgados pela U.S. Travel Association no evento Pow Wow, em maio de 2010, a rejeição de vistos para brasileiros já estava em patamares compatíveis com a dispensa.
E a questão é, antes de tudo, econômica: turistas provenientes do Brasil (890 mil em 2009) gastaram US$ 4,4 bilhões nos EUA. No mesmo período, 13 milhões de mexicanos foram aos país e gastaram um total estimado em US$ 8 bilhões.
Em 2009, ainda segundo dados da U.S. Travel Association, que reúne a indústria do turismo norte-americana, os EUA receberam 54,9 milhões de visitantes estrangeiros.
A lista dos 20 maiores mercados de 2009, incluindo os fronteiriços México e Canadá, colocou o Brasil em 7º lugar. Novos números mostram que, em 2010, 1,2 milhão de brasileiros foi aos EUA (aumento de 35% em relação a 2009).
O que chama a atenção não é o número absoluto de brasileiros nos EUA, mas, sim, o montante dos gastos e o crescimento.
RECIPROCIDADE
Para Luiz de Moura Jr., vice-presidente internacional da U.S. Travel Association, o crescimento do número de turistas brasileiros nos EUA poderia até dobrar se o visto viesse a ser abolido.
Diante da divulgação dos números no Pow Wow, ele disse à Folha que "o caminho deve ser o do entendimento" e que, "graças à reciprocidade, norte-americanos, que enfrentam dificuldades semelhantes para obter visto de entrada no Brasil, seriam beneficiados".
Moura Jr. divulgou ontem estimativa para 2011, que projeta 17% mais turistas brasileiros nos Estados Unidos (totalizando 1,4 milhão de viajantes).
Os EUA viveram queda de visitantes no período 2008/ 2009. No geral, as cidades norte-americanas mais usadas como portas de entrada foram Nova York, Miami, Los Angeles, Newark (ao lado de Nova York) e Honolulu.
Entre brasileiros, em 2009, as cidades mais visitadas foram Miami, Orlando e Nova York.