De acordo com pesquisadores, a Outubro Vermelho atua há pelo menos 5 anos, coletando dados secretos; não se sabe ainda quem está por trás
Foto: IDGNOW!
De acordo com os experts, a operação também utiliza um complexo sistema de servidores de comando e controle (C&C), semelhante ao utilizado pelo malware Flame, que espionou o Irã. Os atacantes criaram mais de 60 domínios e usaram vários hosts em diferentes países, principalmente Rússia e Alemanha.
"É um exemplo incrível de uma campanha de espionagem no ar há anos", escreveu o pesquisador Kurt Baumgartner, da Kaspersky. "Nunca vimos esse nível de individualização dos ataques".
Ainda não se sabe quem está por trás da operação. Embora os autores do malware sejam russos (o principal idioma nos códigos principais), muitos dos exploits foram desenvolvidos na China.
O esquema utiliza códigos que atacam falhas no Word e Excel. Os atacantes enviavam e-mails individualizados, que contaminavam o sistema silenciosamente.
Na lista dos países atingidos, a Federação Russa aparece em primeiro, seguida pelo Cazaquistão, Azerbaijão, Bélgica, Índia, Afeganistão, Armênia e Irã. Ao todo, máquinas de 39 países, Brasil incluído, foram contaminadas.
"A operação Outubro Vermelha está em operação há pelo menos 5 anos, sem ser detectada", escreveu Baumgartner.
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