(Atualiza com mais declarações de Obama).
Washington, 4 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu não divulgar as imagens do corpo do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, como explicou o próprio governante em entrevista ao programa "60 Minutes", da rede de televisão "CBS".
"Nós não somos assim. Não tratamos essas coisas como um troféu", declarou o presidente americano, que justificou sua decisão ao considerar que a publicação das imagens poderia colocar em perigo a segurança das tropas americanas no exterior.
O presidente disse ter conversado com sua equipe de segurança nacional, especialmente com os secretários de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton, e "todos estiveram de acordo" com a decisão de não divulgar as imagens.
Obama minimizou a possibilidade de surgirem dúvidas sobre a autenticidade da morte. "Estivemos supervisionando as reações mundiais e não há dúvidas de que esteja morto".
Publicar as imagens, acrescentou, "não faria nenhuma diferença". Nas palavras de Obama, o importante é que "nunca mais se verá Osama bin Laden caminhar sobre a face da Terra".
A emissora planeja transmitir o vídeo dessa declaração nesta quarta-feira à noite, mas a entrevista completa irá ao ar apenas no domingo, segundo informações da própria "CBS" em seu site.
Com essas declarações, Obama encerra um debate interno na Casa Branca sobre a conveniência de divulgar ou não as fotos, consideradas como "truculentas" pelo porta-voz presidencial, Jay Carney.
Segundo alguns jornais e programas de TV americanos, que citam fontes do Congresso, as imagens do corpo de Osama mostram um grande ferimento acima de seu olho esquerdo, onde pode ser visto sangue e massa encefálica.
O terrorista mais procurado do mundo recebeu dois disparos, um na cabeça e outro no peito, em uma operação realizada neste domingo por comandos de elite americanos em uma residência de Abbottabad, uma cidade de montanha localizada a cerca de 100 quilômetros da capital Islamabad. Um dos fatores que pesaram para a decisão a Casa Branca de não divulgar as imagens era o possível efeito "incendiário" da divulgação.
Embora setores da população, como familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, tivessem pedido sua divulgação, para poderem constatar a morte do terrorista, a Casa Branca se inclinou pelos argumentos de que seria melhor manter as imagens classificadas.
Os serviços de inteligência não querem que sejam divulgados documentos que possam colocar em perigo o sucesso de futuras operações militares. O presidente do Comitê das Forças Armadas na Câmara de Representantes, o republicano Mike Rogers, havia dito, por sua vez, que publicar as imagens poderia aumentar o risco de atentados às tropas americanas no Afeganistão ou em outros países.
Segundo fontes do Pentágono, a Casa Branca conta com três séries de documentos gráficos: fotografias do corpo, vídeos da cerimônia no porta-aviões Carl Vinson na qual os restos mortais de Osama foram jogados ao mar e imagens do interior da residência em Abbottabad (Paquistão) onde o líder da Al Qaeda estava escondido.
Washington, 4 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu não divulgar as imagens do corpo do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, como explicou o próprio governante em entrevista ao programa "60 Minutes", da rede de televisão "CBS".
"Nós não somos assim. Não tratamos essas coisas como um troféu", declarou o presidente americano, que justificou sua decisão ao considerar que a publicação das imagens poderia colocar em perigo a segurança das tropas americanas no exterior.
O presidente disse ter conversado com sua equipe de segurança nacional, especialmente com os secretários de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton, e "todos estiveram de acordo" com a decisão de não divulgar as imagens.
Obama minimizou a possibilidade de surgirem dúvidas sobre a autenticidade da morte. "Estivemos supervisionando as reações mundiais e não há dúvidas de que esteja morto".
Publicar as imagens, acrescentou, "não faria nenhuma diferença". Nas palavras de Obama, o importante é que "nunca mais se verá Osama bin Laden caminhar sobre a face da Terra".
A emissora planeja transmitir o vídeo dessa declaração nesta quarta-feira à noite, mas a entrevista completa irá ao ar apenas no domingo, segundo informações da própria "CBS" em seu site.
Com essas declarações, Obama encerra um debate interno na Casa Branca sobre a conveniência de divulgar ou não as fotos, consideradas como "truculentas" pelo porta-voz presidencial, Jay Carney.
Segundo alguns jornais e programas de TV americanos, que citam fontes do Congresso, as imagens do corpo de Osama mostram um grande ferimento acima de seu olho esquerdo, onde pode ser visto sangue e massa encefálica.
O terrorista mais procurado do mundo recebeu dois disparos, um na cabeça e outro no peito, em uma operação realizada neste domingo por comandos de elite americanos em uma residência de Abbottabad, uma cidade de montanha localizada a cerca de 100 quilômetros da capital Islamabad. Um dos fatores que pesaram para a decisão a Casa Branca de não divulgar as imagens era o possível efeito "incendiário" da divulgação.
Embora setores da população, como familiares das vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001, tivessem pedido sua divulgação, para poderem constatar a morte do terrorista, a Casa Branca se inclinou pelos argumentos de que seria melhor manter as imagens classificadas.
Os serviços de inteligência não querem que sejam divulgados documentos que possam colocar em perigo o sucesso de futuras operações militares. O presidente do Comitê das Forças Armadas na Câmara de Representantes, o republicano Mike Rogers, havia dito, por sua vez, que publicar as imagens poderia aumentar o risco de atentados às tropas americanas no Afeganistão ou em outros países.
Segundo fontes do Pentágono, a Casa Branca conta com três séries de documentos gráficos: fotografias do corpo, vídeos da cerimônia no porta-aviões Carl Vinson na qual os restos mortais de Osama foram jogados ao mar e imagens do interior da residência em Abbottabad (Paquistão) onde o líder da Al Qaeda estava escondido.
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